“Se na Terra houvesse um único país, Istambul seria a sua capital”
Napoleão Bonaparte
O primeiro povoamento na zona de Istambul surgiu por volta de 5500 a.C. Em 687 antes da nossa era, o rei Byzas, comandando colonizadores gregos, fundou Bizâncio, no lado Europeu do Bósforo. Durante várias décadas, até 324, Bizâncio sofreu o jugo de persas, atenienses, espartanos, macedónios e romanos. Estes últimos arrasaram a cidade, que acabou por ser reconstruída e recuperou a antiga prosperidade.
Em 324, o imperador romano Constantino transforma Bizâncio em Constantinopla e na capital do império romano Oriental. Assim, a cidade torna-se numa fusão do Oriente com o Ocidente, quer em arte, arquitectura e costumes. A religião era o Cristianismo, a organização romana e o aspecto grego. A cidade enriquece e embeleza e as suas rotas comerciais são imensas. Constantinopla será o maior poder na Europa até ao século XI.
É durante este período que surgem grande parte das igrejas e de outros objectos e peças de arte, construídas graças às imensas quantidades de dinheiro que afluíam à cidade com o comércio e a cultura, devido à sua estratégica posição geográfica.
Seria provavelmente esta mesma posição que traria também exércitos inimigos, por diversas vezes, ao sopé das muralhas da cidade. Por várias vezes Istambul foi pilhada, saqueada e nalgumas ocasiões incendiada e quase despovoada. Destas carnificinas há um especial relevo para os exércitos da 4ª cruzada que, indo libertar Jerusalém, conquistam a cidade e o império Bizantino, que se estendia por áreas imensas, dos 2 lados do Bósforo, em 1203 e para os turcos que, em 1422, atravessam o Bósforo e entram na Europa, conquistando a cidade que, desde há 141 anos, vivia numa precária independência.![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwS3Zy_g83Da4w58W4YIQskRf45QvoIXFoojzD6BsW4p802i5M9_y9fz3szK6QLIy_lS8o4_fuK3avmeKUrptJT-12YbnzEpTZIpOWAM1ucEZ3mD1TF5B_RJkqPNnRFX0XHmhEsHEXczMw/s400/Hagia_Sophia-lge.jpg)
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Constantinopla estava repleta de ruínas, de destroços de tesouros do passado. E esses tesouros haviam sido imensos: desde a Coluna da Serpente, construída em honra de Apolo, em 479 a.C., passando pela Torre de Leandro, que se tornaria numa fortaleza impressionante, não esquecendo as poderosas muralhas que protegeram a cidade por várias vezes. Apesar de muitas igrejas terem sido queimadas e as que sobreviveram terem sido transformadas em mesquitas, não podemos esquecer construções como a Hagia Irene, a Basílica da Cisterna e como é evidente a imponente Hagia Sophia.
Esta última foi construída entre 532 e 537 e viria a ser usada como modelo para o desenho de outras mesquitas islâmicas. Hoje é um santuário quer para os cristãos quer para os muçulmanos.
A arte bizantina estava totalmente relacionada com a religião e logo era usada com particular distinção nas igrejas. Os frescos e mosaicos representavam anjos e arcanjos e o poder divino. As esculturas criadas eram normalmente pequenos trabalhos de marfim e de ouro, muito apreciados na rica e sofisticada sociedade bizantina.
Com a conquista turca, após um cerco de 53 dias, o conquistador, o Sultão Mehmed II descobriu que Bizâncio ficara quase despovoada e com toda a sua economia e indústrias destruídas. Repovoou-a, assim, com cristãos e com gentes de outras áreas conquistadas e recuperou o potencial económico da cidade. As igrejas foram transformadas em mesquitas e foram criadas escolas, hospitais e banhos públicos.
Em 1457 a cidade, agora chamada de Istambul, foi tornada na capital do império otomano. Assim, os otomanos efectuam um magnífico trabalho de reconstrução, criando novas mesquitas e palácios que, apesar de primeiramente serem construídas ao estilo tradicional, em madeira, acabaram por ser construídos ao estilo ocidental: com pedra.
No século XX, com a transformação do império otomano na Turquia, a capital é movida para Ankara. No entanto, a cidade continuou a crescer, agora sem o receio de ser novamente destruída por cavaleiros sedentos das suas riquezas.
A biliografia é:
— Wikipedia, a encicolpédia livre
— http://z.about.com
— http://z.about.com
— Brritannica Encyclopaedia Library