9.7.08

Graal, a Demanda Eterna

O Graal era um objecto de demanda para os cavaleiros do romance arturiano. É geralmente associado a um cálice, mas é possível que fosse um prato, usado pelo profeta cristão Jesus, na chamada de “Última Ceia”. Dizia-se que este objecto possuía poderes mágicos. Escritores posteriores ao século XII escreveriam contando como foram recolhidas as gotas de sangue de Jesus aquando do seu enterramento. É bastante provável que a lenda do Graal seja uma fusão da história cristã e dos seus costumes com as tradições célticas.
Outro cavaleiro do Graal, e com efeito o último, foi Gawain. Sobrinho do seu rei, Artur, era o cavaleiro ideal. Foi, no entanto, ultrapassado tanto por Lancelot como por Percival, que se moviam por inspirações. Gawain deixou, assim, de ser visto como o cavaleiro perfeito, mantendo ainda o estatuto de lealdade e bravura. Este cavaleiro não compreendia o significado espiritual do Graal e acabou por não conseguir triunfar na sua demanda.
O Graal era imaginado como um cálice doirado, ainda com gotas de sangue de Cristo, repleto de magia. Mas não deveria ser apenas uma singela malga ou copo, de madeira, tosco, em vez de uma rica obra de arte? De facto, é difícil imaginar Jesus rodeado de um grande luxo e aparato, de forma que talvez os cavaleiros de Artur tenham procurado em vão.
Hoje acredita-se que o Graal era apenas uma lenda, mas para quem entra nesse tempo passado através dos livros e vai descobrindo os personagens do romance arturiano, este cálice divino continua a ter um papel importante e enigmático.

Gostaria de salientar dois factos importantes:
1. É muito difícil encontrar informação decente sobre esta matéria. A maioria da encontrada será demasiado extensa e cheia de convversas, fugas do tema, e outras dificuldades que perturbam o leitor.
2. As várias fontes acabam por ser muitas vezes controversas entre si, como aliás seria de esperar num tema destes. É portanto difícil conseguir perceber a versão mais apurada, de forma que pedia a todos os leitores deste post que não acreditassem completamente em tudo o que lerem.

A bibliografia deste post é:
-monitorando.wordpress.com
-earlybritishkingdoms.com
-atheism.about.com