20.5.08

Samurais, Guerreiros de Bushido

“Assim que eles fazem o seu juramento, pertencem ao seu senhor, espada e alma.”

Os samurais eram membros da casta guerreira japonesa e dominaram o governo desde o século XII até 1868, desenvolvendo uma cultura de disciplina, que contrastava largamente com a anterior.
O samurai ideal era aquele que era um guerreiro corajoso que seguia um código de honra, bravura e lealdade. Este código acabou por ser chamado de Bushido, o Caminho do Guerreiro. Foi este código, que no século XIX abrangia toda soc
iedade, que fortaleceu o nacionalismo japonês, uma vez que o objecto de culto e de sacrifício era agora o imperador.
O período de Tokugawa foi um período de paz interna, estabilidade política e um impressionante crescimento económico. As quatro classes sociais (guerreiros, agricultores, artesãos e mercadores) acabaram por se desenvolver separadamente. Os samurais, que eram menos de 10% da população, começaram a mudar-se para a capital e para outras cidades fortificadas, onde acabariam por se tornar burocratas. A inteira sociedade congelou, em especial os camponeses, que eram mais de 80% da população ficaram proibidos de praticarem outras actividades que não fossem a agricultura.
O país fechou-se sobre si mesmo, desenvolvendo-se em torno da paz interna conseguida pelos monarcas que viria a durar 250 anos. Só no porto de Nagasaki, a Sul, se realizavam trocas comerciais com o exterior.
No período de Tokugawa, o samurai era visto como o cavalheiro perfeito, que se guiava por leis Confucianistas e que exemplificava virtude para as classes socialmente mais baixas. Os samurais acabaram por desaparecer, mas manteve-se no povo a memória daqueles guerreiros honrados e valentes, leais à pátria e ao seu imperador.

“Cuidado com a lâmina da desonra. Ela mata mais rápido que a guerra, mais rápido que a idade.”

A biliografia deste post é:
—Enciclopaedia Britannica Library
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17.5.08

A conquista dos Balcãs (2ª Guerra Mundial)

Estamos em Abril de 1941. A Europa está mergulhada na 2ª Guerra Mundial e os exércitos do eixo dominam uma parte considerável deste continente. Hitler, o ditador alemão, depois do fracasso da Batalha de Inglaterra, volta-se para a U.R.S.S., para o Egipto e para os Balcãs.
Será a invasão destes últimos que será aqui tratada. Mussolini, o ditador da Itália, aliada da Alemanha na 2ª Guerra Mundial, tenta invadir a Grécia mas, após algumas vitórias iniciais sobre os gregos, estes reorganizam-se e expulsam as tropas invasoras do seu território, com a ajuda dos seus aliados ingleses, que desembarcam reforços vindos de África.
Hitler é obrigado a intervir. Este tenta manter a neutralidade da Jugoslávia, para conseguir isolar a Grécia. Estando consciente que qualquer tentativa de não colaborar com o eixo só trará desgraça à sua nação, o rei aceita. Mas o exército e outras entidades anticolaboracionistas provocam um levantamento e expulsam o rei.
A reacção do eixo é brutal. Cerca de 1 mês depois, 600.000 combatentes alemães lançam-se sobre a Jugoslávia, que é esmagada tanto pelos exércitos em terra, numericamente muito superiores, como dos ares, pela Luftwaffe, cujos aparelhos largam bombas por todo o país.
Depois da Jugoslávia, o exército alemão cai sobre a Grécia. O exército grego e os 60.000 gregos eram ridículos, quando comparado com as 15 divisões alemãs. Assim, mais uma vez com a ajuda da Luftwaffe, que desorganiza os desembarques ingleses, os exércitos alemães vergam a Grécia ao seu domínio.
Após sucessivas frentes, que foram desde o local onde 300 espartanos se haviam sacrificado por toda a Grécia, há vários séculos, nas Termópilas, passando por Atenas, capital da Grécia, a força inglesa é cercada no Peloponeso e obrigada a desembarcar. Repetiu-se Dunquerque: os ingleses salvaram 50.000 homens, apesar de terem sofrido graves danos humanos e materiais. Mas a Grécia estava perdida. Só sobrava Creta, uma estreita mas grande ilha (4ª maior do Mediterrâneo), onde os ingleses se fortificam a toda a pressa, com receio de perderem uma das suas últimas três bases no mediterrâneo (as outras duas são Gibraltar e Malta).

Hitler está absorvido pela conquista da U.R.S.S. e logo considera fundamental regiões como os Balcãs, o Egipto e o Médio Oriente, mas Creta, apesar de se situar no mediterrâneo, é extremamente tentadora: com ela o eixo tem a possibilidade de bombardear os ingleses no Egipto e de controlar todo o Mediterrâneo Oriental, uma vez que esta é um autêntico porta-aviões. 
Os alemães esperam uma conquista fácil da ilha: calculam mal as defesas inglesas e o número de efectivos que estes têm, por outro lado, os ingleses estão excepcionalmente bem informados e organizaram as suas defesas o melhor que podem, até que, em 20 de Maio, às 7 horas e 15 minutos da manhã os pára-quedistas começam a chover sobre Creta.
O pouco sincronismo alemão provoca graves baixas nos pára-quedistas, grande número dos quais é abatido antes de chegar ao solo. Assim, a única opção que resta aos alemães é disferir um grande ataque sobre o aeródromo mais mal defendido, onde, depois de conquistado, possam desembarcar tropas de infantaria.
Assim, graças a um gesto de cobardia do comandante inglês que vigia este aeródromo, os alemães entram na ilha. No entanto, continuam dependentes dos seus comboios que transportam o material pesado por mar. Apesar de um destes comboios ter sido afundado por navios inimigos, a armada inglesa perdeu vários barcos, um preço demasiado caro pelo golpe desferido no eixo.
Na Inglaterra, Churchill ordena que se defenda o mar, essencial para que os alemães conseguissem desembarcar homens e tanques. No entanto, a frota inglesa de Creta não pode receber reforços, pois a restante frota persegue um dos mais poderosos couçorados do mundo: o navio de guerra alemão Bismark.
A infantaria alemã limpa a ilha, duma ponta à outra, auxiliada pela aviação, que derrota os ingleses no mar e em terra. Mesmo assim, à beira do desfalecimento, os ingleses conseguem embarcar metade dos seus homens e fugir para o Egipto.
Creta foi uma batalha dura, que custou muito caro a ambos os lados. Os ingleses perderam 15.000 homens e os pára-quedistas alemães pereceram em tanta quantidade que se chama a Creta “o túmulo dos pára-quedistas alemães”. No entanto, os alemães acabam por se apoderar de uma base estratégica, que lhes permite o domínio daquela zona do Mediterrâneo.

Peço desculpa por este post não ter nenhum mapa, mas a capacidade de colocar imagens no blogspot é bastante reduzida, de forma que não me foi possível arranjar uma imagem com tamanho e definição suficiente. Não deixem, no entanto, de ir a http://www.history.army.mil/books/wwii/balkan/maps/6.jpg, onde há um mapa bastante interessante.

A bilbiografia deste post é:
— Grande Crónica da 2ª Guerra Mundial (volume 1)