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Por volta de 982, o pequeno Erik, seguindo o seu pai que tinha sido expulso por homicídio, abandonou a Noruega e partiu para a Islândia, passando por outras colónias vikings nas Shetland e nas Féroe.
Erik foi expulso, também ele, da Islândia, durante 3 anos. Para onde ir?, deve ter sido a questão que colocou a si próprio. Assim, a única opção que lhe restava era seguir a pista duma terra que um norueguês havia afirmado ter visto, a Oeste. Recrutou uma tripulação e aventurou-se durante 280 km de um oceano repleto de perigos. Descobriu a Gronelândia*. A costa estava gelada, mas depois de passarem o Cabo Farewell, encontraram uma terra desabitada, rica em peixe e pastagens. />
Em 986, Erik voltou à Islândia. Recrutou colonos e zarpou novamente para a Gronelândia. Das 25 embarcações que partiram, só 14 chegaram. Algumas afundaram-se, outras voltaram para trás. A população da ilha foi crescendo, partindo dos 350 colonos em 986, passando para quase 1000, no ano 1000. Depois, a ilha foi lentamente morrendo, por estar demasiado isolada da Noruega, o que a impedia de receber recursos materiais.
Erik teve vários filhos, um dele chamava-se Leif Ericson (em Norueguês, son é filho. Erik tinha também o mesmo tipo de nome: Erik Thorvaldson). Seguindo, mais uma vez, as indicações de um pescador perdido, Leif foi, com 35 homens (o seu pai não pode ir, pois tinha partido uma perna) explorar essa terra. Estes vikings descobriram várias terras antes de Vinland (terra do vinho), mas foi aqui que sedentarizaram. Esta terra tem uma localização incerta, mas calcula-se que seja na extremidade Norte da Terra Nova.
Correm também ideias e teorias de que os vikings desceram pela costa dos E.U.A. até ao Golfo do México. A base destas teorias são os índios nativos descobertos pelos espanhóis, como Astecas e mais a Sul os Incas, terem lendas sobre grandes homens com barba e cabelo loiro, tão diferentes dos da sua raça.
O que é certo é que, se Leif Ericsson e seus homens não foram os primeiros Europeus a pisar o solo americano, foram dos primeiros. Dos primeiros, que antecederam Colombo por quase 500 anos.
*Em Norueguês Gronelândia é Greenland, ou terra verde. Islândia é Iceland, ou terra do gelo. É algo bizarro, reparar que chamaram terra do gelo à mais verdejante, e terra verde à mais fria. Um dos motivos mais óbvios para esta troca de nomes foi o desejo de Erik de atrair colonos, esperando, com este nome mais agradável, convencê-los a zarpar para a terra que ele havia descoberto.
A Bibliografia deste post é:
Britannica Encyclopaedia Library
As Viagens dos Grandes Exploradores
www.wpclipart.com
www.gutenberg.org
3 comentários:
Um dos pontos mais surpreendentes desta história é que o pescador perdido que terá avistado a costa da América teve uma incrível falta de curiosidade e limitou-se a voltar para trás :)
Assim, ficou o Leif Eriksson na História! Mas, quem sabe, talvez o pescador tenha sido mais feliz...
Bom post!
Quem descobre é descoberto e deve ser para sempre relembrado!
O que podemos dizer?Talvez o clima não fosse muito favorável à navegação... ou então fosse mais conveniente atribuir a descoberta a alguém com um estatuto social superior... É um mistério que provavelmente nunca será desvendado.
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