29.12.08

Arquitectura Renascentista

arquitectura renascentista aproxima-se das formas clássicas dos edifícios da Antiga Roma e da Antiga Grécia. Os edifícios renascentistas procuravam traduzir os ideais representados nas construções da antiguidade, onde era visível uma ordem e beleza que se dizia existir na Natureza. Como a Natureza era a maior criação de Deus, era certamente aí que estavam escondidos os limites da perfeição. Assim, os arquitectos renascentistas procuram a perfeição da Natureza conseguida em parte pelos antigos.
O Renascimento é caracterizado, nos edifícios religiosos, por uma mudança incrivelmente rápida. Enquanto que na Idade Média as igrejas tinham a forma de cruz, com o maior braço da cruz a ser a nave, o que era visto como uma homenagem a Deus, no Renascimento temos igrejas com um ponto central, tipicamente um círculo (por ser visto como a forma mais perfeita e logo a que mais se podia comparar a Deus), e com as naves simétricas.
Os mais famosos arquitectos renascentistas foram Filippo Brunelleschi, Leon Battista Alberti e Miguel Ângelo. O primeiro começou a distinguir-se quando terminou a catedral de Florença, que estava inacabada. Ergueu a grande cúpula e estruturou o edifício por dentro de uma maneira nova. O auge deste artista é atingido em construções religiosas. Mas Brunelleschi também inventou inúmeras máquinas para resolver os problemas que se lhe deparavam ao longo da construção dos seus edifícios. Foi um dos pioneiros da arquitectura renascentista e rapidamente se tornou no maior arquitecto de Florença.
Leon Battista Alberti criou também inúmeras construções, estando as melhores e maiores localizadas em Florença e Mântua. Viajando constantemente entre Florença e Roma, suas “casas intelectuais”, onde influenciava e era influenciado, escreveu também vários livros.
Miguel Ângelo quase nem precisa de apresentação. Distingiu-se em tudo o que fez: os seus quadros e sobretudo os seus frescos são belos e transmitem uma imensa mensagem, as suas esculturas são famosas e as suas construções são ousadas. Miguel Ângelo supervisionou a construção da basílica de S. Pedro, no Vaticano, e projectou a enorme cúpula, onde se nota uma enorme tensão e um fascinante efeito de claro-escuro com as janelas. Esta tensão presente em todos os seus trabalhos cria uma impressão de instabilidade e expõe os problemas humanos na pedra fria como se as suas obras fossem de carne viva.
Em Portugal a mais notável construção renascentista é certamente o Convento de Cristo, construído pela já extinta Ordem de Cristo, em Tomar.

1 comentário:

Uila disse...

Só o jardim que é totalmente renascentista, pois na verdade o castelo tem um pouco do rococó, e também um pouco do Barroco.