Estamos em Abril de 1941. A Europa está mergulhada na 2ª Guerra Mundial e os exércitos do eixo dominam uma parte considerável deste continente. Hitler, o ditador alemão, depois do fracasso da Batalha de Inglaterra, volta-se para a U.R.S.S., para o Egipto e para os Balcãs.
Será a invasão destes últimos que será aqui tratada. Mussolini, o ditador da Itália, aliada da Alemanha na 2ª Guerra Mundial, tenta invadir a Grécia mas, após algumas vitórias iniciais sobre os gregos, estes reorganizam-se e expulsam as tropas invasoras do seu território, com a ajuda dos seus aliados ingleses, que desembarcam reforços vindos de África.
Hitler é obrigado a intervir. Este tenta manter a neutralidade da Jugoslávia, para conseguir isolar a Grécia. Estando consciente que qualquer tentativa de não colaborar com o eixo só trará desgraça à sua nação, o rei aceita. Mas o exército e outras entidades anticolaboracionistas provocam um levantamento e expulsam o rei.
A reacção do eixo é brutal. Cerca de 1 mês depois, 600.000 combatentes alemães lançam-se sobre a Jugoslávia, que é esmagada tanto pelos exércitos em terra, numericamente muito superiores, como dos ares, pela Luftwaffe, cujos aparelhos largam bombas por todo o país.
Depois da Jugoslávia, o exército alemão cai sobre a Grécia. O exército grego e os 60.000 gregos eram ridículos, quando comparado com as 15 divisões alemãs. Assim, mais uma vez com a ajuda da Luftwaffe, que desorganiza os desembarques ingleses, os exércitos alemães vergam a Grécia ao seu domínio.
Após sucessivas frentes, que foram desde o local onde 300 espartanos se haviam sacrificado por toda a Grécia, há vários séculos, nas Termópilas, passando por Atenas, capital da Grécia, a força inglesa é cercada no Peloponeso e obrigada a desembarcar. Repetiu-se Dunquerque: os ingleses salvaram 50.000 homens, apesar de terem sofrido graves danos humanos e materiais. Mas a Grécia estava perdida. Só sobrava Creta, uma estreita mas grande ilha (4ª maior do Mediterrâneo), onde os ingleses se fortificam a toda a pressa, com receio de perderem uma das suas últimas três bases no mediterrâneo (as outras duas são Gibraltar e Malta).
Hitler está absorvido pela conquista da U.R.S.S. e logo considera fundamental regiões como os Balcãs, o Egipto e o Médio Oriente, mas Creta, apesar de se situar no mediterrâneo, é extremamente tentadora: com ela o eixo tem a possibilidade de bombardear os ingleses no Egipto e de controlar todo o Mediterrâneo Oriental, uma vez que esta é um autêntico porta-aviões.
Os alemães esperam uma conquista fácil da ilha: calculam mal as defesas inglesas e o número de efectivos que estes têm, por outro lado, os ingleses estão excepcionalmente bem informados e organizaram as suas defesas o melhor que podem, até que, em 20 de Maio, às 7 horas e 15 minutos da manhã os pára-quedistas começam a chover sobre Creta.
O pouco sincronismo alemão provoca graves baixas nos pára-quedistas, grande número dos quais é abatido antes de chegar ao solo. Assim, a única opção que resta aos alemães é disferir um grande ataque sobre o aeródromo mais mal defendido, onde, depois de conquistado, possam desembarcar tropas de infantaria.
Assim, graças a um gesto de cobardia do comandante inglês que vigia este aeródromo, os alemães entram na ilha. No entanto, continuam dependentes dos seus comboios que transportam o material pesado por mar. Apesar de um destes comboios ter sido afundado por navios inimigos, a armada inglesa perdeu vários barcos, um preço demasiado caro pelo golpe desferido no eixo.
Na Inglaterra, Churchill ordena que se defenda o mar, essencial para que os alemães conseguissem desembarcar homens e tanques. No entanto, a frota inglesa de Creta não pode receber reforços, pois a restante frota persegue um dos mais poderosos couçorados do mundo: o navio de guerra alemão Bismark.
A infantaria alemã limpa a ilha, duma ponta à outra, auxiliada pela aviação, que derrota os ingleses no mar e em terra. Mesmo assim, à beira do desfalecimento, os ingleses conseguem embarcar metade dos seus homens e fugir para o Egipto.
Creta foi uma batalha dura, que custou muito caro a ambos os lados. Os ingleses perderam 15.000 homens e os pára-quedistas alemães pereceram em tanta quantidade que se chama a Creta “o túmulo dos pára-quedistas alemães”. No entanto, os alemães acabam por se apoderar de uma base estratégica, que lhes permite o domínio daquela zona do Mediterrâneo.
Peço desculpa por este post não ter nenhum mapa, mas a capacidade de colocar imagens no blogspot é bastante reduzida, de forma que não me foi possível arranjar uma imagem com tamanho e definição suficiente. Não deixem, no entanto, de ir a http://www.history.army.mil/books/wwii/balkan/maps/6.jpg, onde há um mapa bastante interessante.
A bilbiografia deste post é:
— Grande Crónica da 2ª Guerra Mundial (volume 1)